FAVELA
As
ruas, antes feitas de barro
Os
pés dos meninos chutavam a bola
A
mãe gritava: Menino, cuidado com o carro!
E
outros, voltavam da escola
As
pipas no céu coloriam os dias
Peões
giravam, enquanto meninas pulavam
A
pobreza esquecida nas alegrias
Adolescentes
nas esquinas, cantavam
Um
som abrupto rasga a noite
Silêncio
e medo dominam o terreno
E
no sereno noturno, o cheiro do sangue
É
o fim da vida daquele pequeno
A
aquarela de tinta vermelha
Descoloriu
a vida daquela favela
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