quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FAVELA





FAVELA

 As ruas, antes feitas de barro
Os pés dos meninos chutavam a bola
A mãe gritava: Menino, cuidado com o carro!
E outros, voltavam da escola
As pipas no céu coloriam os dias
Peões giravam, enquanto meninas pulavam
A pobreza esquecida nas alegrias
Adolescentes nas esquinas, cantavam
Um som abrupto rasga a noite
Silêncio e medo dominam o terreno
E no sereno noturno, o cheiro do sangue
É o fim da vida daquele pequeno
A aquarela de tinta vermelha
Descoloriu a vida daquela favela

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